Um homem identificado como Alex Brito Alves da Cruz, de 37 anos, foi executado por membros da facção Comboio do Cão, no Recanto das Emas, no Distrito Federal. A motivação do crime, no entanto, não foi uma punição pelos atos bárbaros cometidos por Alex que havia assassinado a esposa, a sogra e estuprado a enteada de apenas 10 anos, mas sim porque sua presença no local passou a atrair atenção da polícia e intensificar as rondas na região, atrapalhando o tráfico de drogas.
O caso ocorreu em maio deste ano, mas a investigação da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) só foi concluída agora, em agosto.
Conforme informações, Alex fugiu para a quadra 800 da região após cometer os crimes, mas acabou sendo “julgado” pelo chamado tribunal do crime, uma prática comum em facções criminosas.
De acordo com os investigadores, Alex chegou a ser alertado pelos criminosos para que deixasse o local. A recusa em sair levou à ordem de execução, que teria sido cumprida por Raimundo Emílio Castro Mendes, conhecido como “Vavá”, um dos principais pistoleiros da facção.
Vavá é considerado um criminoso de alta periculosidade, com atuação direta em execuções a mando da facção. Ele está foragido e é procurado pela Polícia Civil do Distrito Federal.
O caso chama atenção pela forma como o crime organizado age de forma paralela ao sistema judiciário, decidindo quem vive ou morre com base nos próprios interesses neste caso, a manutenção da “tranquilidade” para o tráfico, e não a justiça pelos crimes hediondos cometidos pela vítima da execução.
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